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Tem sereias. E altares de talha dourada. Para ver é preciso atravessar o adro a preto e branco. Caminhar entre os desenhos geométricos deste mosaico de basalto, colocado aqui para assinalar os 150 anos da Igreja. Antes de atravessar a porta, fica ainda a saber que no dia 6 de Janeiro de 1757, dia da inauguração desta Igreja Matriz, entrou por aqui uma majestosa procissão que trazia o Santíssimo Sacramento e as imagens do antigo templo que ficava num local mais ermo. Transferiram-se também as Confrarias do Santíssimo Sacramento, do Rosário e das Almas Santas.
Inaugurado em 1757, este templo barroco, de duas torres, tem uma só nave e altares de talha dourada “Rocaille”. Para além do retábulo mor, há dois retábulos colaterais, dois laterais, quatro no corpo da Igreja (geminados dois a dois) e, ainda, mais dois retábulos (S. João e S. António). O retábulo mor tem um camarim com tribuna.
Impossível não reparar no candelabro central, nos dois candeeiros de pé alto (na capela mor) e nos apliques das paredes, anos 50 do século XX, obra do Mestre Quilores, entalhador da terra.
O interior está recheado de apelativos e inesperados pormenores decorativos. Não esquecer de olhar para as pias de água benta. É lá que estão as sereias.

Gps 41.381083 , -8.756908
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